Na primeira foto, a versão portuguese tem uma versão maior da imagem , apanha mais da cara - logo não é scan, tem que ter acesso à arte original. Normalmente as imagens de capa tem copyrights diferentes e sei por exemplo que tb se compram esses direitos, sei de edições alemãs de sf com capas que originalmente pertencem a outros livros. Pode ter sido perfeitamente isso o que aconteceu neste caso. é uma questão de folhear e ver qual a informação de copyright da imagem de capa.
Naaaaa, credo, a Editora Saída de Emergência acha que somos todos parvos e não damos por nada! Agora gostava era de saber que capas punham eles nos livros originais (de onde as copiaram) se por acaso resolvessem traduzir e editar aqueles??? Que tristeza! Quando há tão bons designers gráficos e ilustradores portugueses...
A Escalla não diz que as capas são digitalizadas... Isso seria uma parvoíce porque a qualidade da imagem obtida não serviria para se editar uma nova versão. Estas ilustrações são dum designer chamado Larry Rostant e podem ser encontradas no seu portfolio, na internet. Agora resta é saber se o Sr as vendeu intencionalmente, se teria autorização para o fazer (ou os direitos de autor ficaram com a editora original que encomendou a capa) a ou se a Saída de Emergência foi copiá-la directamente da net (sem o conhecimento da editora ou do designer) e, aí sim, a imagem obtida teria qualidade para poder ser reutilizada...
Antes de entrarem em pânico, convém saber que as imagens encontradas online, tal como estão, *não servem* para pôr numa capa. Os pontos por polegada e resolução são insuficientes para uma impressão com um mínimo de qualidade, sem artifactos de compressão, partes esborratadas ou pixelizações, pelo que a Saída de Emergência deve ter tido acesso aos ficheiros de origem, o que por sua vez implica o conhecimento do Rostant.
Se querem um verdadeiro exemplo de plágio descarado, comparem a capa do Sombras Sobre Lisboa (SdE) e uma das edições do Mortal Mischief (Frank Tallis, Century).
Se a Saída de Emergência teve acesso às imagens das capas da Elizabeth Chadwick foi por meios ilícitos, senão vejam os meus comentários no blog dela e as respostas aqui.
Se vires bem o Sr designer vende prints por 150£... Resta é saber com que tipo de direitos (se é só para o público pôr 'lá em casa, na parede' ou se é para as utilizar em capas de livros...) ou direito (se, algumas, supostamente, são exclusivas para a editora que as publicou originalmente como capas...).
Eu gostava de conhecer as cláusulas do contrato com o artista ou a sua agência antes de partir para conclusões precipitadas. Não há qualquer garantia de que os direitos cedidos impliquem exclusividade a nível mundial, a maior parte dos contratos que tenho visto abarcam apenas os países de origem (se não estiver especificado, assume-se que é este o caso) ou aqueles em que a editoral está representada. Muitos artistas/agências não vão na conversa dos direitos mundiais exclusivos: ou são pagos principescamente, ou então preferem vender a ilustração várias vezes para a fazer render.
E se foi "work-for-hire", então põe-se a questão de saber se e como é que a Time Warner deixa o Rostant vender prints do seu trabalho, porque nestas situações o artista tem de abrir mão de muitos --- ou mesmo todos --- os seus direitos.
A Elizabeth Chadwick pode chorar baba e ranho, mas não é ela que decide em que mercados o artista tem ou não o direito de vender a sua obra. Há actos condenáveis da parte de vários editores, agentes e artistas, mas não me parece que este seja um deles.
Cada um tem a sua opinião e eu pouco conheço das cláusulas dos contratos dos artistas com as editoras, isso será um assunto para ser resolvido e investigado por eles. Só sei que mesmo sendo legal não o acho nada ético, porque quer queiram quer não as capas tornam-se parte da obra e muitas vezes são aquilo que as distingue. Por exemplo, quando vi o livro da Maria Helena Ventura à venda dirigi-me logo para ele a pensar que o da Chadwick tinha sido traduzido. Na minha pele de consumidora senti-me enganada, muita gente pode não dar por isso, mas há quem dê e tal como eu não goste!
I post this comment only to clarify my position. As i state in the post i do not know the legal ramifications of this subject. My objective is to merely show something that was pointed out to me and which i found displeasing, this is the objective of having a blog after all.
Ana O.: A reciclagem de capas é muito mais comum do que imaginas. A Europa-América fazia-o sistematicamente com arte supostamente "original", por exemplo, e o mesmo se passa no estrangeiro, ainda mais quando as ilustrações estão no domínio público ou se baseiam em stock photography. Por outras palavras, benvinda ao mundo editorial, das poupanças manhosas e do défice de criatividade.
Bom, a Europa-América não serve de grande exemplo, basta ver a qualidade das traduções e da quantidade de erros nos textos. Mas eu percebo! ;-) Só me faz confusão, seria o mesmo que dizer a muita gente que agora as capas do Harry Potter íam começar a ser usadas noutros livros, haveria muita gente confusa por aí! :-P
Realmente não parece mto ético, não...
ReplyDeleteMesmo nada ético! Sempre pensei que o copyright das capas pertencia à editora que comprou a imagem...
ReplyDeleteNa primeira foto, a versão portuguese tem uma versão maior da imagem , apanha mais da cara - logo não é scan, tem que ter acesso à arte original. Normalmente as imagens de capa tem copyrights diferentes e sei por exemplo que tb se compram esses direitos, sei de edições alemãs de sf com capas que originalmente pertencem a outros livros. Pode ter sido perfeitamente isso o que aconteceu neste caso. é uma questão de folhear e ver qual a informação de copyright da imagem de capa.
ReplyDeleteAcho uma vergonha, mesmo que seja legal. Será que os ilustyradores das editoras portuguesas têm falta de imaginação?
ReplyDeleteVergonhoso!!!
O que diz no Afonso, o Conquistador quanto à imagem da capa é que o design e criação é da Saída de Emergência. Logo mentira!
ReplyDeleteNaaaaa, credo, a Editora Saída de Emergência acha que somos todos parvos e não damos por nada!
ReplyDeleteAgora gostava era de saber que capas punham eles nos livros originais (de onde as copiaram) se por acaso resolvessem traduzir e editar aqueles???
Que tristeza! Quando há tão bons designers gráficos e ilustradores portugueses...
A Escalla não diz que as capas são digitalizadas... Isso seria uma parvoíce porque a qualidade da imagem obtida não serviria para se editar uma nova versão.
ReplyDeleteEstas ilustrações são dum designer chamado Larry Rostant e podem ser encontradas no seu portfolio, na internet. Agora resta é saber se o Sr as vendeu intencionalmente, se teria autorização para o fazer (ou os direitos de autor ficaram com a editora original que encomendou a capa) a ou se a Saída de Emergência foi copiá-la directamente da net (sem o conhecimento da editora ou do designer) e, aí sim, a imagem obtida teria qualidade para poder ser reutilizada...
Esqueci-me de acrescentar o link para o portfolio do designer:
ReplyDeletehttp://www.artistpartners.com/portfolios/larry_rostant/
Se clicarem no "Thumbnail panels" nº 3, encontram a imagem copiada, completa.
Ou aqui... com fundos diferentes:
ReplyDeletehttp://www.rostant.com/thegreatestknigh.html
Antes de entrarem em pânico, convém saber que as imagens encontradas online, tal como estão, *não servem* para pôr numa capa. Os pontos por polegada e resolução são insuficientes para uma impressão com um mínimo de qualidade, sem artifactos de compressão, partes esborratadas ou pixelizações, pelo que a Saída de Emergência deve ter tido acesso aos ficheiros de origem, o que por sua vez implica o conhecimento do Rostant.
ReplyDeleteSe querem um verdadeiro exemplo de plágio descarado, comparem a capa do Sombras Sobre Lisboa (SdE) e uma das edições do Mortal Mischief (Frank Tallis, Century).
Se a Saída de Emergência teve acesso às imagens das capas da Elizabeth Chadwick foi por meios ilícitos, senão vejam os meus comentários no blog dela e as respostas aqui.
ReplyDeleteSe vires bem o Sr designer vende prints por 150£...
ReplyDeleteResta é saber com que tipo de direitos (se é só para o público pôr 'lá em casa, na parede' ou se é para as utilizar em capas de livros...) ou direito (se, algumas, supostamente, são exclusivas para a editora que as publicou originalmente como capas...).
Eu gostava de conhecer as cláusulas do contrato com o artista ou a sua agência antes de partir para conclusões precipitadas. Não há qualquer garantia de que os direitos cedidos impliquem exclusividade a nível mundial, a maior parte dos contratos que tenho visto abarcam apenas os países de origem (se não estiver especificado, assume-se que é este o caso) ou aqueles em que a editoral está representada. Muitos artistas/agências não vão na conversa dos direitos mundiais exclusivos: ou são pagos principescamente, ou então preferem vender a ilustração várias vezes para a fazer render.
ReplyDeleteE se foi "work-for-hire", então põe-se a questão de saber se e como é que a Time Warner deixa o Rostant vender prints do seu trabalho, porque nestas situações o artista tem de abrir mão de muitos --- ou mesmo todos --- os seus direitos.
A Elizabeth Chadwick pode chorar baba e ranho, mas não é ela que decide em que mercados o artista tem ou não o direito de vender a sua obra. Há actos condenáveis da parte de vários editores, agentes e artistas, mas não me parece que este seja um deles.
Cada um tem a sua opinião e eu pouco conheço das cláusulas dos contratos dos artistas com as editoras, isso será um assunto para ser resolvido e investigado por eles.
ReplyDeleteSó sei que mesmo sendo legal não o acho nada ético, porque quer queiram quer não as capas tornam-se parte da obra e muitas vezes são aquilo que as distingue. Por exemplo, quando vi o livro da Maria Helena Ventura à venda dirigi-me logo para ele a pensar que o da Chadwick tinha sido traduzido. Na minha pele de consumidora senti-me enganada, muita gente pode não dar por isso, mas há quem dê e tal como eu não goste!
I post this comment only to clarify my position.
ReplyDeleteAs i state in the post i do not know the legal ramifications of this subject.
My objective is to merely show something that was pointed out to me and which i found displeasing, this is the objective of having a blog after all.
Ana O.: A reciclagem de capas é muito mais comum do que imaginas. A Europa-América fazia-o sistematicamente com arte supostamente "original", por exemplo, e o mesmo se passa no estrangeiro, ainda mais quando as ilustrações estão no domínio público ou se baseiam em stock photography. Por outras palavras, benvinda ao mundo editorial, das poupanças manhosas e do défice de criatividade.
ReplyDeleteBom, a Europa-América não serve de grande exemplo, basta ver a qualidade das traduções e da quantidade de erros nos textos. Mas eu percebo! ;-)
ReplyDeleteSó me faz confusão, seria o mesmo que dizer a muita gente que agora as capas do Harry Potter íam começar a ser usadas noutros livros, haveria muita gente confusa por aí! :-P
Ai o Harry Potter, sacrilégiooooo!
ReplyDelete;oP